quarta-feira, 23 de novembro de 2011

E lá vamos nós...


Dessa vez não é lazer e sim trabalho, do maridão.

Quando ele me disse que ia ter que ficar vinte e poucos dias fora e que não ia aguentar ficar sem a Alix, não esperava que em menos de 10 dias depois dessa notícia estaríamos embarcando para o Havaí. Vamos nesta sexta feira.

Pra falar a verdade, relutei muito, não queria ir, mas quando uso a técnica de me colocar no lugar da pessoa, tudo sempre se relativiza. Eu realmente não aguentaria ficar esse tempo todo longe da minha pequena. Todo mundo sabe que mãe é mãe e pai é pai, mas um pai presente como o meu marido, que troca a fralda, dá banho sozinho, coloca pra dormir, dá comida e brinca, só não gera a criança e amamenta porque a natureza não permite. Ou seja, o sentimento é praticamente o mesmo e ele merece ter a filha ao lado.

Então lá vou eu (ou melhor, nós) enfrentar o fuso-horário de 8 horas e a viagem de avião de econômica de 18 horas, com escala em Dallas e depois em Los Angeles, aonde dormiremos uma noite, porque é muito pesado pra ela ir direto para Honolulu. 

Eu sei, eu sei, não posso reclamar, estou indo pro paraíso e agora estou curtindo bastante a idéia. Mas é que ás vezes a gente entra no automático das funções de mãe - providenciar comida, fuso-horário, viagem longa - que nem pára pra pensar nas coisas boas, nas praias maravilhosas,  enfim...
Estamos agora na luta para ver se eu consigo pelo menos alguns dias uma babá (de preferência brasileira) por lá, já que a Alix agora parece uma matraca e como o Rafa vai estar trabalhando eu vou querer um tempinho pelo menos para uma comprinha, hehehe.

Vou fazer de tudo para ficar atualizando o blog de lá e ir contando mais essa aventura. Torçam pela gente!

ps: foi tudo tão corrido que nem consegui tentar ajustar um pouquinho a Alix para o novo horário. Hoje vou tentar colocá-la na cama um pouco mais tarde...





sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Buzios - padecendo no paraíso


E lá fui eu arrumar a tralha para ir pra Búzios. Banheirinha, bóia, brinquedinhos que podem ir na água, balde com pás para brincar na areia, biquininho, roupão, roupinhas, comidinha, leite, mamadeira, toalha e berço portátil. Ela andava tão bem nessas últimas semanas que quase esqueci dos remédios, mas obviamente coloquei tudo na super mala. Tinha um pacote de fraldas pela metade, um exagero para um fim de semana, mas por sorte joguei na mala também.

Estávamos programados para sair depois do almoço, na hora da dormida da mocinha, mas meu marido teve um contratempo e só saímos as 17h, detalhe: da sexta feira. Rush hour total. Obviamente pensamos em  voltar, mas seguimos em frente. Pra completar, ela tinha dormido em casa um pouco mais de 2 horas e estava super acordada.
Mega engarrafamento. Iphone entrou na jogada com desenhinhos do you tube, galinha pintadinha, tudo para que ela ficasse tranquila com tantas horas com o bumbum na cadeirinha. Depois de mais de 2 horas chegamos em São Gonçalo e paramos no Mc Donald's para ela jantar (obviamente a comidinha dela que estava com a gente) e esticar as pernas. Senti que ela não estava legal, queria ficar no colo, não comeu tudo, mas achei que fosse cansaço, sei lá.

Colocamos o pé na estrada de novo e depois das 20h, ela dormiu. Quando estávamos quase chegando, ela acordou. Chegamos na casa que alugamos com outros amigos e nem demos banho nela. Trocamos de roupa, montamos o bercinho portátil, leite e cama. Ufa! Sobrevivemos. Nem foi tão difícil...
No dia seguinte, ela acordou com um lado do rstinho todo inchado de picadas de mosquito, mas parecia bem. Fomos a praia bem em frente. Um casal de amigos com filhos também estava em Búzios, hospedados num hotel quase ao lado da casa. Delícia. Ela brincou de manhã numa boa com o amiguinho, mas na hora do almoço estava sem apetite. E o filho da minha amiga mega com fome.Tentamos o nnhoque de abóbora dele e nada. Achamos que poderia ser o ambiente novo, as mordidas de mosquito, sei lá. 

Ela começou a ficar dengosa, não se soltava, brincava pouquinho até que percebemos que estava meio quentinha. Não dormiu direito, e eu e meu marido já nos olhamos com cara de: não vamos descansar!

E foi isso mesmo o que aconteceu. No dia seguinte ela estava com febre e pra completar, diarréia. E como já vi que os poucos leitores do blog adoram um momento desabafo, ai vai um que eu, sinceramente, não sei se acontece com outras mães. 

Fiquei me justificando para os casais da casa, metade solteiros, metade recém casados e sem filhos - e que não participam da vida cotidiana da Alix e portanto, não sabem como é realmente o temperamento dela - que ela não era assim, que ela estava dengosa porque estava doente, por isso não se soltava, brincava um pouquinho e parava, queria colo.

Doente deve ser eu de me preocupar com os outros, mas é que a gente quer que as pessoas vejam sempre o lado bom dos nossos filhos, ainda mais quando sabemos que é raro ficarem assim, que no dia a dia são tão alegres, divertidos...loucura, né? E o pior (ou melhor) é que esses amigos são super queridos e curtem muito o desenvolvimento da pequena, adoram ouvir as histórias dela...

Enfim, íamos voltar na segunda, mas devido as condições de saúde da Alix, voltamos no domingo depois do almoço, sem engarrafamento nenhum e em tempo recorde. No dia seguinte fiz exames  e descobrimos que ela estava com uma dessas doenças infantis (ainda bem que o filho da minha amiga não pegou) e que a diarréia não tinha nada a ver com a doença, era uma outra coisa. Tadinha da minha ruivinha. Imagina quanta coisa para uma criança de um ano e meio?

A semana inteira ela não pôde ir a escolinha e nem a natação, mesmo se sentindo melhor, para evitar o contágio, apesar dela não ter tido febre e as manchinhas vermelhas que surgiram no corpo terem sumido em 3 dias. Hoje, ela já está bem melhor e voltou a comer bem. O piriri está passando, mas como diz o clichê: ser mãe (e pai) é padecer no paraíso.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma semana sem filha...


Quando decidi que ia mesmo viajar, montei um super esquema para que minha pequena pudesse passar bem sem a mamãe, cercada de amor e atenção. Como meu marido não foi viajar comigo, isso facilitou muito. 


Acho importante não tirar a criança do ambiente dela. Ela dormiu em casa todos os dias e manteve a rotina.


Mandei um email para as vovós, para a dinda e imprimi para a super Joselma, que trabalha aqui em casa. Dei recomendações de comida, horários, banho, atividades e é claro, uma lista com todos os telefones úteis. Cada um tinha um dia para pegar ou buscar na escolinha, na natação e no fim de semana. E a Joselma dobrou em alguns dias. 


Pedi para que quem pudesse, por favor, me mandasse notícias da Alix por email.


No dia da viagem, fui deixá-la na escolinha (que ela está super adaptada e nunca chora). Antes de entrar eu expliquei que iria viajar. Quando dei tchau ela grudou na minha perna e falou: não, mamãe! Gelei e meu olho encheu d'água. As professoras ficaram impressionadas porque ela nunca se comporta desse jeito. Ela realmente entendeu que eu ia viajar.


Cinco minutos depois de sair, recebo um telefonema da coordenadora dizendo que ela estava feliz, brincando e que eu não me preocupasse. Ufa! Vale a pena a gente colocar nosso filho num lugar aonde se preocupam com a gente. Aquele telefonema foi muito importante para mim.


Fui com o coração apertado, mas sabendo que ela estava bem e cercada de pessoas que a amam muito. 


Assim que cheguei, dei uma olhada na internet e lá estava um email do meu marido e da minha mãe, contando que a Alix estava ótima, comendo bem e feliz. Era tudo o que eu queria  ouvir para poder realmente relaxar e curtir a minha viagem com minhas amigas queridas. 


Foi tudo ótimo! Ás vezes que liguei, não quis falar com ela porque sabia que isso não iria fazer bem pra mim e talvez nem pra Alix. Skype nem pensar, não queria vê-la. Quando escutava sua voz ao fundo, minha perna já tremia de saudades.


Sempre que eu falava com alguém, ouvia a mesma resposta positiva sobre ela. É claro que ela perguntou por mim algumas vezes e todo mundo tinha combinado de dar a mesma resposta que damos quando as vovós e o papai viajam: "Mamãe pegou um avião, vruuum, foi pra bem longe e mandou um beijo pra Alix". Com os dias passando, ela mesma perguntava e respondia, uma graça.


Resolvi realmente lembrar que apesar de agora ser mãe da Alix, também sou a Roberta. Pode parecer estranho, mas as vezes é bom ter um tempinho para se lembrar disso. Não é que eu tenha perdido a minha identidade, mas é que ganhei outra, a da mãe da Alix, o que é ótimo. Mas continuo sendo a Roberta, amiga das minhas amigas, que adora escrever, ler, viajar, enfim, não sou só mãe. Ser mãe faz parte de mim e é uma parte deliciosa da minha vida, mas beber uma tacinha de vinho despreocupada também é delicioso.


Enfim, acho que valeu a pena ter ido. Uma semana, por enquanto, é o limite para mim. No último dia eu já estava ansiosa, looooouca de saudades. Cheguei em casa á noite e ela já estava dormindo. No dia seguinte de manhã, fui tirar ela do berço e ela foi super carinhosa comigo, pediu beijo e tudo. Meu coração se transbordou de amor. 


Como é bom ter uma família querida com quem eu posso contar. Obrigada vovós, maridão, dinda e Joselma.





segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Burocracias de viagem e uma novidade



Como todo mundo sabe, carrego minha pequena para onde eu vou, mas falo pouco sobre a parte burocrática de viajar. Já mencionei o livro "crianças a bordo" aqui no blog, que foi de grande ajuda para mim.


Na prática, descobri um monte de coisas interessantes, como quando fomos tirar o visto americano para a Alix, por exemplo. Aqui no Rio, funciona assim, basta que os pais tenham o visto válido. A trabalheira maior é na hora de preencher o formulário na internet e pagar a taxa. O melhor da história é não ter que marcar entrevista, basta levar os passaportes (pai, mãe e filha), ir lá numa terça feira a tarde e entregar tudo. Acho que 4 dias depois, o visto da Alix, válido por 10 anos, chegou aqui em casa junto com nossos passaportes. Um luxo.


Já o passaporte eu acho meio chato, porque o primeiro que ela tirou, com apenas 6 meses ficou válido somente por um ano e detalhe, não tem desconto nas taxas não, mesmo com a validade curtinha. Ah! E o pior, o baby tem que estar presente no dia marcado para tirar. Só para buscar é que apenas um responsável pode buscar. Aconselho aos pais a irem juntos, mas dá pra reconhecer firma num documento de autorização e ir só um para mandar fazer.


O que tinham me informado era que o passaporte de bebês funcionava assim: validade de 1 ano quando tivesse  1 ano, 2 anos quando completasse 2 anos e assim por diante até cinco anos. Mas o segundo passaporte da Alix, que ela renovou há pouco tempo, com 1 ano e 4 meses eles deram validade de 2 anos. (ufa!) Até o próprio cara da polícia federal ficou surpreso quando o sistema concedeu dois anos, mas achamos que aconteceu isso porque foi o segundo passaporte dela.


Outra coisa importante é que os passaportes novos não possuem filiação, portanto, é imprescindível levar a certidão de nascimento para viajar! As vezes eu entro numa neurose e levo, sem necessidade, a minha certidão de casamento também.


Uma coisa boa é que para a criança viajar viajar para dentro do Brasil não precisa de nenhuma autorização especial se estiver apenas com um dos pais, um dos avós, ou um dos tios. Uma burocracia a menos, porque antigamente precisava. Meu marido foi pra Bahia sozinho com ela me encontrar e foi tranquilo.


Já para sair do Brasil, tem que imprimir uma autorização com firma reconhecida por autenticidade, ou seja, a pessoa que vai assinar (o pai ou a mãe ou ambos, se for viajar com um terceiro) tem que estar de corpo presente no cartório.


O que aconteceu uma vez com a gente foi que meu marido estava viajando e queria que a gente encontrasse com ele, mas para nós irmos encontrá-lo precisava da tal autorização com esse tipo de firma reconhecida, então acabamos não indo encontrá-lo. Pensamos até em deixar uma pronta caso aconteça alguma coisa quando apenas um de nós estiver fora do Brasil.


Falando nisso, esse é um assunto que anda me perseguindo: viajar sem a minha pequena. Fiz a experiência de ficar um dia sem ela na Bahia, mas a pobrecita adoeceu e nem deu para ver a reação dela direito.


Li alguns artigos sobre o tema e os especialistas dizem que o ideal é a mãe viajar sem a cria depois de um ano de idade ou a separação pode ser traumática (ei, não sou eu que estou dizendo isso e sim os tais especialistas).


E foi pensando nisso que decidi viajar para Itália para encontrar 2 amigas-irmãs que estão por lá. Alix está com um ano e 6 meses e eu vou ficar somente uma semana. Na verdade, já estou de malas prontas. Mas quando eu voltar conto sobre a separação, que por mais que eu tente, acho que não estou preparada. Talvez ela esteja até mais do que eu. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SUSTO NA BAHIA


E lá fui eu sem a minha pequena pra Bahia. Fiz um post no blog, peguei o avião e quando cheguei na esteira para pegar minha mala, eis que vejo uma chamada não atendida da escolinha da Alix no meu celular com uma mensagem dizendo para eu ligar pra lá. Susto total. Ela está lá há 5 meses e isso nunca aconteceu. Liguei e descubro que ela estava com febre e a vovó com a Joselma foram lá pegá-la. 

Liguei pra casa e o maridão tinha voltado mais cedo e me tranquilizou um pouco. Resolvi relaxar. Bebi um vinho com a super anfitriã, Francine (tô pra ver alguém receber como ela), a cunhada dela, que estava lá com a filhinha de 1 aninho e comi super bem. 

No dia seguinte de manhã liguei pra casa e soube que ela não tinha ido nem a natação  nem para a escolinha. Fiquei meio tensa, mas todo mundo me garantia que não era nada. Resolvi aproveitar para tomarágua de côco e ler. Era uma sensação estranha, de poder ler com calma, coisa que realmente é um prazer para mim. Quando não estava lendo, estava comendo. A minha barrinha de chocolate que eu levei acabou na primeira noite. Aproveitei pra correr também para suar um pouquinho e comer sem culpa.

Como tinha uma bebê na casa, volta e meia meu coração apertava de saudades e eu dava uma ligadinha. No dia seguinte estava ansiosa com a chegada da pequena. Até que ela chegou super murchinha e ficou no meu colo sem querer sair pra nada, sem ânimo para comer, um  horror.

A primeira noite foi horrível. Nós três não dormimos por causa da tosse sem fim da Alix. No dia seguinte ela também não quis comer e continou a tossir muito, brincou bem pouquinho.  Eu liguei pro pediatra e ele disse para a gente fazer nebulização, passou uns remédios, mas para ele era difícil diagnosticar sem ver... outro dia se passou e nada dela melhorar, a tosse continuava, o nariz escorrendo...

Resumo da ópera: acabamos chamando uma fisioterapeuta pulmonar especializada em criança e compramos um nebulizador. Foi a melhor coisa que fizemos. Vimos que não tinha nada no pulmão, o que foi um super alívio. Na verdade ela estava com uma virose, que provavelmente duraria uma semana.

Na segunda de manhã voltamos para o Rio e ela estava beeeeem melhor. Na terça já estava boa e nós aliviados, mas bem cansados. Ter filhos é isso, nem sempre acontece como o planejado. Mas ainda assim a Bahia é uma delícia e conseguimos aproveitar um pouquinho a hospitalidade dos nossos amigos e o visual. Só não deu pra descansar....

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PORTILLO COM OS GÊMEOS: POST FINAL!


Uma coisa que me surpreendeu muito que a Marina me contou é que ela não viu fraldas pra vender lá em Portillo, nem papinhas de bebês, roupinhas de frio,nada. Isso é bem raro de acontecer porque em quase todo lugar do mundo tem isso, mas como eles estavam  numa estação de esqui que só tinha o hotel mesmo, é compreensível. 


Ela já estava prevendo isso e levou 4 pacotes (c/ 20 cada) de fraldas para os gêmeos e ainda sobrou um. O mesmo aconteceu com o leite. O único arrependimento de não ter levado mais papinhas nestlé, porque apesar da comida do hotel ser boa, o menu era mais para kids e não era muito para baby. Mas a família não se apertou, fez amizade com o garçom e no final eles faziam uma comidinha especial para a dupla.


Outra coisa que salvou a viagem foi eles terem levado um dvd portátil. Na hora em que eles estavam ocupados, era só colocar o cocoricó pra tocar que eles podiam ter um pouco de sossego. Mas o saquinho de brinquedos nem foi usado, porque tinha tanto brinquedo na tal guardería que Martim e a Barbára nem deram bola pros deles mesmo.


Uma outra coisa legal que a super mãe fez foi ter pedido para uma amiga que ia viajar pros EUA para trazer umas roupihas de frio pros dois  (baratíssimas) e eles nem deram a menor trela pro frio, ainda mais com a sorte do bom tempo ter ajudado na viagem.


O susto da mãe foi só na volta, quando eles pegaram a estrada de dia e o vôo também. Acho que a foto acima já fala por si só. A estrada era mega perigosa e como na ida estava escuro e todo mundo dormiu, graças a Deus eles não tiveram noção do risco que estavam correndo. 


Parece que no vôo da volta as crianças estavam meio chatinhas, mas deu tudo tão certo que foi só um mero detalhe.


Enfim, Marina, Dinho, Martim e Bárbara foram super felizes na viagem e o casal não vê a hora de levá-los para outra aventura, apesar deles acharem que com 3 anos eles vão se divertir muito mais numa estação de ski, já que com essa idade já pode fazer aulinha. 


O próximo destino? Quem sabe a Califórnia? O importante é que eles viram que não é impossível viajar com a duplinha, mesmo sem babá. 


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rumo a Bahia





Vou ter que adiar um pouquinho o último post sobre a viagem dos gêmeos porque essa semana não vou conseguir escrever. Nesse exato momento, eu estou, pasmem, sozinha no aeroporto Santos Dumont esperando meu embarque para a Bahia. Alix vai só na quinta feira com o papai. 


Decidi vir na frente porque achei que já era hora de passar minhas primeiras 24 horas (na verdade serão 48h) longe da minha pequena, que já está uma mocinha de 1 ano e 5 meses. 


Estou com o coração apertado, mas não chorei. Na verdade, estou curtindo o momento. Vou dormir, me preocupar com o meu bem estar um pouco, pra variar. Sei que a Alix está em boas mãos, com o pai, as avós e a super tudo lá de casa, a Joselma.


Na volta eu termino o post do Chile e conto como foi essa minha mini experiência de ficar sem ela. O próximo passo será viajar com o maridão e deixá-la por uma semana , quem sabe. Sinto que ela já está preparada pra isso. 


Agora eu vou aproveitar a hospitalidade dos meus amigos que vão me recebr na Bahia, ficar de pernas pro ar e tomar uma água de côco. Uma barra de chocolate já está na minha bolsa, um dia off. Sei que quinta feira estarei com minha pequena e semana que vem estou de volta ao blog e ao Rio.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VIAGEM DA FAMILIA "GEMIAL" - parte I

 
Depois de feita a introdução da família (ver post anterior) vamos ao que interessa: a viagem ao Chile para Portillos.

Com pouca bagagem lá foram eles. Uma coisa interessante é que quando se viaja com duas crianças, o casal não pode ficar junto, pelo menos nesse avião que eles foram, porque a máscara de criança fica na janela e não tem outra pra quem senta no corredor.

Mas eles tiveram a felicidade de pegar um vôo vazio na ida e cada um ficou com um em uma fileira vazia.

O vôo era noturno e a Bárbara dormiu. Já o Martim ficou metade do vôo abrindo e fechando a janela e a outra metade plugando e desplugando o fone de ouvido. Melhor para os pais, que tiveram um descanso.

O super casal achou uma maravilha não ter que pegar fila pra nada. As portas se abriam pros dois, que rapidamente depois do vôo pegaram as malas e as 10 da noite, com as crianças acordadas, entraram na van para pegar 2 horas de estrada.

Todo mundo chapou na van, menos o papai, que ficou de olho na pequena que se acomodou no chão, com uma caminha improvisada com cobertores e paninhos. A estrada estava livre para eles, porque estava fechada e a van conseguiu uma autorização para viajar a noite. Marina só foi entender na volta porque não era recomendável a estrada no escuro.


Quando chegaram no hotel, por volta de meia noite, ela estava muito, mas muito cansada mesmo, além de uma dor de cabeça forte por conta da altitude. Pediu a chave na frente, foi acomodando as crianças e dormiu, enquanto o Dinho fazia o check in.

No dia seguinte eles acordaram e foram preparar o quarto para os gêmeos, especialmente o Martim, que não pára quieto. Colocaram silver tape nas tomadas (o Martim consegue arrancar aquele protetor de tomada, que sinceramente, até eu tenho dificuldades para tirar), fecharam o frigobar, recolheram os objetos que poderiam oferecer perigo as ferinhas, além de dispensarem  os berços e improvisarem uma cama de colchão.

O hotel ficava bem na estação de esqui e tinha a tal da guardería (creche em espanhol) que eles foram conhecer. Chegaram lá e acharam uma maravilha: tinha brinquedo de tudo que é tipo, crianças de várias idades e nacionalidades, filminho, um banheiro excelente e algumas babás de plantão.

No primeiro dia, só o Dinho esquiou, a super mãe preferiu ficar fazendo adaptação na creche. Aliás, ela me contou que ficou chocada com a diferença que as gringas tratam os filhos.

Parece que tinha uma uruguaia que tinha 4 filhos em idades diferentes e a menor tinha uns 9 meses, nem engatinhava, e a mulher deixava todos os filhos lá sem o menor peso na consciência e ainda ficava perguntando para a Marina se ela não ia esquiar.

Os irmãos demoraram um dia para se adaptar e no dia seguinte o casal foi esquiar sozinho, sem as crias, que estavam lá na guardería felizes.

O resto da história eu conto no próximo post, porque a viagem é cheia de detalhes legais.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pais de gêmeos viajantes



Fiquei uma semana sem postar e espero que isso não se repita, mas além de ter tido uma semana confusa, foi difícil conseguir parar pra falar com calma com a Marina, minha amiga mãe viajante.

Conforme prometido, vou escrever sobre a viagem dela e do marido com os gêmeos, Martim e Bárbara, de apenas 1 ano e 7 meses - sem babá - para esquiar em Portillo, no Chile. Mas antes, acho que vale a pena eu fazer uma introdução do casal.

Dinho e Marina “sofrem” de um bem que é a tranqüilidade e a praticidade. Nem parecem pais de primeira viagem. Do meu ponto de vista, são um casal sem neurose. Nada pra eles é um problemão. Se os gêmeos ficam doente eles cuidam, se caem, eles ensinam a levantar, se eles tiverem que levar os dois pra uma reunião de amigos, eles levam, se a roupinha não ta lá muito limpa, vai suja mesmo... Eles encaram os filhos como uma coisa natural. E é o que é.

Só para vocês entenderem melhor o que estou dizendo: Na véspera da viagem, Marina tinha feito uma mala grande para ela e o marido e outra para as crianças. Quando o Dinho chegou em casa e viu, já foi logo pegando duas malas menores, avisando que era um casaco bom pra rua e um mais ou menos pro hotel. Resultado: os dois saíram de casa apenas com duas mochilinhas nas costas e cada um com uma mala de rodinha e uma cria no colo. Marina ainda conseguiu enfiar na mochila um terceiro casaquinho.

Ela é daquelas super mães, que tenta dar a mesma atenção pros dois, que quer estar presente sempre, mas quer voltar a velejar também, que ama brincar com os filhos, que se cansa, mas o amor pelos gemeos bate qualquer cansaço. Que voltou a trabalhar emio período quando eles estavam com mais ou menos um ano e deixa eles com a empregada e o coração na mão, mas vai. Mãe presente, pai presente, família querida. E detalhe: são todos lindos, verdadeiros atletas.

Confesso que fico orgulhosa em saber que fui uma das incentivadoras pra que a viagem deles pro Chile saísse. Sempre que eu e meu marido esbarrávamos com o casal na rua ou um deles, a gente falava da viagem. Queríamos ter ido junto. Mas infelizmente não deu. Mas eles foram e agoram contam pra gente.

Marina estava meio ansiosa de como ia ser a viagem. Lembro de conversar com ela dias antes e no dia que eles foram. O Dinho tinha decidido que não ia dormir em Santiago na ida. Uma van ia busca-los no aeroporto e eles iriam direto pra já acordar em Portillo, mesmo chegando quase 10 da noite em Santiago.

Outra coisa que ela me contou e eu achei loucura foi que eles decidiram que não iriam levar carrinho.

Enfim, parece que quase todas as decisões acabaram funcionando pra eles. No próximo post, ainda essa semana, publico a entrevista.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bahia


Sempre que vamos viajar para dentro do Brasil, geralmente para casa de amigos, ficamos na dúvida se levamos o berço portátil ou não. Cheguei a conclusão de que, mesmo sendo um trambolho, vale a pena. Em viagem de carro então nem se fala, é bem tranquilo, só colocar e tirar da mala. Já de avião, dá um pouco mais de trabalho mas também é válido.

Por sorte, nas duas vezes que fomos à Bahia para casa de amigos, eles tinham bebê na família e não precisamos voar com o trambolho portátil.

Ambas as viagens, passamos um fim de semana prolongado, de quinta a domingo para aproveitarmos bastante. Como sempre, prefiro levar as comidinhas da Alix prontas em potinhos dentro de uma bolsa térmica. Chego no lugar, coloco na geladeira e pronto, só preciso esquentar na hora dela comer. Uma preocupação a menos.

Da primeira vez que fomos, pegamos um vôo direto, Rio Salvador, à tarde. Foi ótimo. Chegamos rapidinho e ficamos na maior mordomia na casa de um amigo que tratou a gente como se fôssemos da realeza. Alix se esbaldou com suquinho fresco e água de côco todos os dias, numa casa com piscina de frente para o mar. Pra ser sincera, foi a viagem que mais descansei. Meu sonho é poder levar a Joselma, que trabalha aqui em casa, pra lá, porque aí sim, seriam verdadeiras férias, mas como ela tem filhos, acho difícil...

Mas o fato é que a Alix adorava ficar de boinha na piscina, fora que tinham vários  brinquedos novos da sobrinha do nosso amigo. Foi perfeito! 

Da segunda vez, fomos para Itacaré e o vôo tinha escala em Belo Horizonte e Salvador antes de chegarmos a Ilhéus, que é a cidade mais perto, onde tinha um carro esperando a gente. O vôo da volta tinha escala apenas em São Paulo. Viagem de milhas é assim mesmo, ás vezes temos que encarar um pinga pinga.

Tinha levado 3 mamadeiras de suco. Sempre oferecemos na decolagem e no pouso do avião para evitar dor de ouvido. O negócio é que a Alix se empolgou e tomou TUDO no primeiro avião. Fiquei preocupada no que iríamos servir depois, nos outros dois vôos. 

Por sorte, quando descemos em BH, descobrimos que nosso cartão de crédito tinha uma área VIP por lá, com direito a quitutes e água de côco para encher as mamadeiras. Aproveitamos também para trocar a fraldinha da Alix.

Até que as paradas foram boas pra distrair a Alix. Descobri que o balancinho do avião dá sono nela e ela deu umas cochiladas entre um vôo e outro. Mas, na volta estávamos exaustos e eu dei graças a Deus por só termos uma parada em São Paulo.

Lembro que nessa época, como ela ainda não andava sozinha pra mim era muiiito cansativo, porque eu vivia com dores nas costas de tanto dar a mão. Sinceramente, minha vida de mãe facilitou muito depois que ela começou a andar, ao contrário do que muita gente diz por aí, pra mim foi um descanso.

Enfim, dessa segunda vez, a gente até ia levar o berço portátil, mas confesso que quando estávamos no táxi, a caminho do aeroporto eu lembrei que tinha deixado perto da porta de casa. Fiquei mal. Nunca dormi uma noite inteira na mesma cama com a Alix e as poucas vezes que tiramos um cochilo juntas na minha cama de dia, vi que não era uma situação das mais confortáveis.  Meu marido já começou a pensar em alternativas com colchões no chão, caso houvesse algum lá, como fizemos no Chile.

Mas, para nossa sorte, tinha um berço portátil na casa. Fiquei muito feliz. Como estávamos em um grupo de amigos, todos com filhos, á noite, quando as crianças iam dormir a gente aproveitava para jogar conversa fora. E com a Alix tranquila no bercinho, a gente podia relaxar melhor. O bom de viajar com uma galera que tem filhos é que todo mundo entende a sua situação, fica disposto a ajudar a dar uma olhadinha enquanto você mergulha no mar, por exemplo.

Aliás, é impressionante como bebê gosta de criança. Eles sabem que não é adulto, que são mini seres maiores do que eles e se encantam. Eu acho isso íncrivel e é por isso que eu acho que um irmãozinho(a) na vida é tão bom.

Enfim, a Bahia pra gente é um lugar especial, onde sempre conseguimos relaxar, mas vale lembrar que nas duas vezes ficamos na casa de amigos de frente pra praia, o que facilita muito, já que não precisamos pegar carro durante todo o fim de semana. Não acho que com bebê, valha tanto a pena ficar desbravando praias novas, ainda mais quando o motivo da viagem é relaxar...

ps: Minha amiga Marina, que viajou para esquiar, sem babá, com os filhos gêmeos acabou de voltar e até semana que vem eu vou postar uma entrevista com ela aqui. Parece que a viagem foi o máximo!


domingo, 21 de agosto de 2011

TCHAU TCHAU CARIBE!



Sempre achei que a melhor maneira de conhecer um lugar é fazendo amizade com os locais, uma pena que nem toda viagem isso é possível. Mas já vi que com bebês é mais fácil se socializar com os gringos, que nem sempre sabem como se aproximar...


Avistamos no nosso hotel um casal que estava com um bebê de 7 meses apenas. Bastou nos esbarrarmos na piscina num dia para fazer amizade. Obviamente que falamos sobre o sono, a alimentação do bebê e o relacionamento do casal. Papo recorrente em qualquer rodinha de pais e que pra quem está passando pelo momento, parece não ser cansativo quase nunca.


Enfim, papo vai, papo vem e descobrimos que eles moravam em Barbados. Na verdade a mulher era de lá e o marido era inglês. Eles acabaram nos convidando para no dia seguinte irmos passar uma tarde no iate clube de lá com a família deles.


Barbados é uma colônia inglesa, mas a maioria da população é negra. E como todo país em desenvolvimento ainda há uma segregação muda. Eles eram um casal super agradável e foi ótimo ficar no clube, de frente para a praia, mas a gente só viu um casal de negros no clube. Mas estamos acostumados com uma realidade parecida.


Enfim, foi bom ver como funcionava o país e o melhor foi que eles deram dicas de passeios bacanas. Quase fomos parar no Mount Gay Rum, que é superturístico e nem é tão legal , mas graças a eles fomos visitar o saint nicolas abbey  (onde tbém fabricam rum) e foi ótimo. Assistimos um vídeo super antigo do início da colonização, essencial pra entender a história do lugar. Na hora do vídeo, espalhamos uns brinquedinhos no chão pra Alix e ela ficou na boa quase o tempo todo. No finalzinho é que só o colo deu jeito mesmo, mas o importante é que conseguimos assistir.


Eles também disseram que para ir para Crane Beach, uma das 10 praias mais lindas do mundo, podíamos entrar pelo maior Resort de lá, almoçar e usar o elevador deles para ir até a praia. Dito e feito.


Quanto a comidinha da Alix, mais uma vez me surpreendi com a presença do leite que ela tomava na época, o Enfamil. Tinha em qualquer supermercado e até mesmo postos de gasolina. As papinhas orgânicas a gente tinha trazido dos EUA, mas vi que lá a Nestlé impera, como aqui.


Por incrível que pareça, tive dificuldades em conseguir suco natural por lá. Água de côco era fácil, mas apesar da abundância de frutas, eles não tem o hábito de tomar suco natural e sim de caixinha. Ás vezes pedia pro cara do nosso hotel colocar um pedaço de melancia no liquidificador...


Realmente acho que é uma viagem que vale a pena ir com bebê. Dá pra relaxar. Na volta, ficamos surpresos com a quantidade de malas que as pessoas levavam. Eu, meu marido e Alix, tínhamos apenas uma cada, mesmo depois de ter passado por N.Y. no inverno. E isso é uma coisa que eu sempre falo: economizar na mala. Pra que tanta coisa???


Bom, tenho uma super amiga, mãe de gêmeos (1 ano e meio) que foi ontem para o Chile esquiar sem babá, somente com o marido. Obviamente que vou entrevistá-la para o blog e estou aqui torcendo para ela fazer uma super viagem. Quem quiser fazer uma pergunta, me manda por email. Mas o próximo post vai ser Bahia...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aventura em Barbados

Viajar para a praia com bebê é muito mais agradável do que qualquer outro tipo de viagem. A Alix, pelo menos, adora praia e piscina. Nem lembro se já comentei isso, mas ela está na natação desde 6 meses de idade e já é praticamente um peixinho.

Apesar do medo das ondas, depois que ela já está no mar, curte bastante. No nosso primeiro dia estávamos loucos para cair naquele mar do Caribe azulzinho, como a gente sempre vê em revistas. E lá fomos nós. 

Depois de falar via skype com minha mãe para ela dar um help no problema do banco, porque nem o cartão que tenho dela (para emergências) funcionou, pegamos nossa van alugada e fomos desbravar o pequeno país.

Fomos para uma região um pouco mais turistica e por sorte descobrimos uma praia que tinha um parquinho cheio de brinquedos bem na frente. Meu marido foi surfar e nós ficamos lá brincando. Delícia. Depois dei um mergulho com a pequena, que amou ficar no mar com a mamãe.

Com ela mortinha, no décimo sono, paramos pra comer e depois voltamos pra casa. As estradas são péssimas, sem nenhuma luz ou sinalização. Não conseguimos alugar um GPS e eu tive que ficar de co-pilota, com o mapa na mão, tentando entender a ilha e aonde estávamos. 

Aliás, andávamos muito de carro e as vezes a pobre ficava cansada, mas tentávamos nos locomover nas horas de cansaço dela, pra ela dormir...

Teve um dia, inclusive, que passamos por uma aventura. Evitávamos pegar a estrada a noite por causa do banho da Alix e da falta de sinalização. Mas um dia entre um passeio e outro foi inevitável e acabamos perdidos no meio do nada. Todos os caminhos pareciam iguais e estava o maior breu. A hora do banho já tinha passado e a Alix estava dormindo na cadeirinha dela no banco de trás. 

Depois de mais de uma hora perdidos, meu marido parou no meio do nada pra tentar entender o mapa. Mas a verdade é que não enxergávamos nada e como era tudo mato, não tinha nada que indicasse aonde estávamos e não iria adiantar nada olhar no mapa. E eis que do nada, aparecem dois carros. Um parou do nosso lado e o outro bem na nossa frente, impedindo nossa passagem. Meu espírito carioca gelou. Meu marido já estava dando um jeito de dar a ré quando eu li "Jesus"no adesivo da van da frente (quase todos os carros lá são essas mini vans) e eu senti um alívio.

Na verdade os dois carros não se conheciam e eles simplesmente pararam pra tentar ajudar a gente. Quando dissemos qual era nosso destino eles riram e falaram que era impossível chegar em Batsheeba  a noite. Ele aconselhou que achássemos um lugar para dormir, mas estávamos irredutíveis, queríamos voltar pro nosso hotel naquela noite.

O tal sujeito da van de Jesus era tão gente boa, um anjo mesmo, que saiu do caminho dele e nos guiou até a metade do nosso caminho, nos localizando no mapa. O pobre deixou o telefone dele caso precisássemos e nos desejou boa sorte. E apartir daí nosso anjo da guarda pessoalmente resolveu pegar o volante e nos guiar. Por incrível que pareça em meia hora chegamos sem errar o caminho pelas estradas iguais, cheias de bifurcações e sem sinalização.

Ufa! Chegamos, ainda demos um banho de gato na Alix e ela dormiu. Fomos jantar aliviados. Mas antes disso, ligamos para o anjo da guarda e ele ficou feliz por termos conseguido chegar. 

Enfim, Barbados foi assim, muita praia muita comida boa do nosso hotel, gente simpática e sorridente. Conhecemos até dois nativos que estavam relaxando com o filho de 6 meses no nosso hotel. Conto essa história e o fim da viagem no próximo post.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Barbados



Saímos da friaca de N.Y. para a temperatura super agrádavel de Barbados, no Caribe. Dessa vez, eu fiz uma confusão na hora de reservar o vôo pela internet e acabei colocando a Alix num assento. Valeu o investimento!


O vôo estava lotado e ficamos os 3 sozinhos numa fileira. A Alix ficou brincando um tempão na cadeirinha dela e eu tive tempo de respirar, ler uma revista... e eu já reparei que o balancinho do avião dá sono na pequena. Ainda bem. Mesmo sem o bercinho ela dormiu bem, até porque a pobre tinha acordado super cedo e estava cansada. Eu e meu marido levantamos o braço da nossa cadeira e ela dormiu, deitadinha entre a gente. 


Quando chegamos em Barbados, vimos que sei lá eu porquê a reserva do nosso carro tinha caído. E como era alta temporada não tinham carros available. Deixei o Rafa desenrolando com o cara e fui tentar sacar dinheiro, que estava acabando por conta da viagem anterior. O caixa eletrônico não aceitou, porque não tínhamos avisado que íamos viajar e apesar de liberado nos Estados Unidos, ficou suspeito alguém querer sacar em Barbados. Isso eu descobri depois, claro. Na hora fiquei meio tensa, mas ainda tínhamos um dinheirinho que dava pra pagar a corrida de táxi, na veradade, uma van-táxi, com cadeirinha de bebê.


Meu marido conseguiu um carro pro dia seguinte de manhã. Chegamos no hotel e o nosso quartinho estava pronto, já com o bercinho da Alix. Oba! Demos uma voltinha a pé pelas redondezas, depois banho na Alix e ela dormiu. O restaurante do hotel era excelente e a boa notícia é que a babá eletrônica tinha sinal lá. Maravilha. Ficamos jantando de frente pro mar, vendo nossa pequena dormir. Um pequeno detalhe: era meu aniversário e tive até um bolinho surpresa. (na foto acima: bolinho do hotel, com babá eletrônica no fundo)


No dia seguinte tínhamos que resolver a questão do cartão de crédito, comprar fraldas e lencinhos umidecidos, mas acabei esquecendo das obrigações e resolvi respirar fundo e curtir, afinal estávamos de férias...

terça-feira, 26 de julho de 2011

baby food in ny


Quem me conhece sabe bem que eu sou um pouco neurótica com a alimentação da Alix. Até hoje ela não experimentou doce e eu sempre veto quem tenta dar pão de queijo ou qualquer outra besteira pra ela. Enquanto eu puder segurar, vou segurar. Ela não tem desejo de comer coisas que não conhece!! E eu garanto: ela é feliz! Quem já viu ela devorando passinhas sabe disso.

Enfim, em Nova York eu fiquei bem chocada porque vi nas prateleiras dos supermercados junk food para babies: um macarrão pastoso com a cara horrorosa que eu não sei como alguém tem coragem de dar pro filho. Mas também tive uma surpresa agradável ao ver que as papinhas nestlé praticamente saíram de circulação, dando lugar as papinhas orgânicas. Um luxo que não existe no Brasil. Não nas prateleiras de mercados e farmácias.

Tudo bem que orgânico não é sinônimo de saudável, como deu pra ver que os americanos pensam, já que agora lá (e aqui também) a última moda é qualquer coisa orgânica. Mas li os ingredientes das papinhas e vi que eram saudáveis e por serem orgânicos, sem agrotóxicos.
O único problema é que com 10 meses, a Alix já estava comendo pedacinhos e eu achei as papinhas muito batidinhas, como se tivessem sindo passadas no liquidificador, mesmo as que eram para um ano de idade. Mas o fato é que ela comeu e gostou e eu amei! Menos um trabalho. Ufa! Pontos para a mamãe.

No final da viagem, já estávamos querendo um tempinho melhor, porque o nariz dela já estava começando a escorrer, ela ficava vermelhinha e não aguentava mais tanta roupa. Ainda bem que antes de voltarmos ainda íamos passar em Barbados, no Caribe. Praia, tempo bom! Delícia. E lá fomos nós, com a minha mala carregada de papinhas orgânicas e um biscoitinho de coçar que eu ainda n˜åo tinha oferecido a Alix.

Num vôo de 4 horas estaríamos lá, no sol. Tivemos que sair do hotel as 5 da manhã. Alix acordou sem reclamar, entrou no carro que alugamos (aqueles serviços que te levam no aeroporto) com cadeirinha para bebê e ficou sentadinha com o dedinho na boca quietinha, se despedindo da cidade, que certamente ela irá voltar.

Aliás, fiquei com a maior água na boca quando soube que no Museu de HIstória Natural tem sleepover para crianças a partir de 6 anos. Ou seja, elas podem dormir uma noite no museu!!! (já vi esse filme, rs). Elas vão acompanhadas de um responsável e podem colocar o saquinho de dormir debaixo da baleia, por exemplo. Olha que máximo! Quando  tiver idade, certamente vou querer levá-la. Já sei que vai ser uma briga danada com meu marido pra ver que vai ficar com ela na aventura. :O)

Observação sobre papinhas:
Sei que em Sampa tem o empório da papinha e no RS tem a Organic Baby (dica da Carol, minha amiga gravidinha), mas aqui no Rio ainda não conheço. Quem souber, me avisa, please.

- Não preciso nem dizer que o próximo post vai ser sobre Barbados...






segunda-feira, 18 de julho de 2011

Only in N.Y.

Descobri uma nova cidade viajando com a Alix. Como ficamos no Upper West Side, parecia que todos os bebês de Nova Iorque estavam por lá também. Eu já tinha ouvido histórias de que os americanos não eram tão gentis com babies como os brasileiros, mas eu não senti nada disso, pelo contrário, as pessoas sorriam pra gente na rua, ajudavam com o carrinho para entrar nos restaurantes....


Ficamos achando que a nossa gringuinha ruiva ia ser mais uma na terra do tio Sam, mas todo mundo ria pra ela, ela jogava charme, enfim, o mesmo sucesso do Brasil. Depois desse comentário mega coruja, melhor voltar ao que interessa: lugar legal para levar um bebê.


Simplesmente adorei o Children's Museum que serve para crianças de várias idades. Fui com a minha amiga brasileira que mora lá com o filho da idade da Alix. Foi muuuito legal. Os babies amaram, a gente conseguiu conversar e as brincadeiras são todas interessantes e o preço é super tranquilo: 10 dólares.


Claro que também demos uma passada no zoológico do Central Park. A gente já tinha ido lá e levamos um amigo que mora nos EUA há 10 anos e, por incrível que pareça, não conhecia. Como ele está com um bebê recém nascido, que infelizmente não foi no passeio, achamos que seria uma boa ele conhecer, já que todo mundo sabe que criança e até bebês amam bichos. Alix amou os pinguins, porque ela pode ver bem de pertinho no aquário. Enfim, foi um programa bem divertido.


Fomos ao Chelsea Market, que foi uma boa opção para fugir do frio e comer alguma coisa e ao High Line Park, que mesmo com o frio, foi um passeio delícia. Pra quem não sabe, esse parque é meio novo e nem estava todo aberto quando fomos. Ele foi construído em cima de uma linha de trem que corta um bom pedaço da ilha. Vai da  rua 14 a 30, que aliás são as ruas que tem acesso ao parque de elevador, ideal para quem está com carrinho. É bem legal porque você vê a cidade de cima e num ambiente verdinho, com espreguiçadeiras para descansar, vale a pena.


 Aliás, no começo a Alix estava achando o máximo andar de carrinho com aquela  capa de chuva de plástico cobrindo, o que ajuda também a cortar o vento. Mas depois de dois dias ela já não aguentava mais. Queria tirar, queria sair. Acho que ela nunca ficou tanto tempo presa no carrinho.


Como a viagem com bebês é no tempo deles, algumas vezes tivemos que voltar pro hotel para ela descansar, brincar um pouquinho. 


Procurávamos sempre colocar um snow suit (tipo macacão bem quentinho pra neve) nela por cima de uma roupa mais leve, porque os lugares são aquecidos e aí era só tirar o tal do macacão e pronto, ela ficava numa boa.


No mais, quase não fizemos compras. Dei uma passada rápida na Buy Buy Baby, com meu marido me apressando e a Alix se divertindo com tudo q tinha na loja e fui na Baby Gap, que tem preços incríveis. Foram as únicas compras que eu fiz na viagem.


Antes de ir, procurei dar uma olhada nos restaurantes baby friendlies e a verdade é que quase todos no upper west são. Ou seja, ninguém se incomoda que você entre de carrinho e na maioria deles tem cadeirinha para bebês. 


Um que eu sempre via nos sites dizendo ser legal  era o Landmarc, dentro do Time Warner. Os garçons são prestativos, brincaram com a Alix, mas achei meio tumultuado para criança. 


Estava correndo com o texto e os detalhes da viagem para terminar Nova Iorque neste post, mas nem falei sobre a papinha orgânica e ainda faltam outros lugares. Fica pro próximo e último sobre New York...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

New York! New York!


Se é a sua primeira viagem a Nova York, um conselho sincero: não vá com bebês! Tivemos a sorte de já ter ido algumas vezes antes e não estávamos ansiosos em fazer nenhuma programação.

Pegar metrô também é complicado com carrinho, porque são poucas as estações que tem elevador. Acabamos optando pelos táxis. Ficamos receosos se eles iriam parar para um casal com carrinho a tira colo, mas nos surpreendemos com a disposição dos taxistas. Não senti nenhum preconceito. Eles paravam na boa e rapidamente a gente fechava o carrinho (bugaboo bee - óptimo pra tudo!), colocávamos na mala e pronto.

Sempre me diziam que eu ia encontrar o leite NAN no mundo com mais facilidade. Mas quando cheguei lá, só via Enfamil, que graças a Deus é a marca que a Alix toma, não vi nem cheiro de NAN. Como a banana lá não é tão gostosa como a daqui, acabei oferecendo mais o leite puro até que ela pegou. Que alegria! Podíamos aposentar o liquidificador que compramos ao chegar lá… Só isso já valeu a viagem, porque facilitou (e ainda facilita) muito a nossa vida, apenas jogar o leite na mamadeira com água e chacoalhar. Quem é mãe (e pai também) sabe que é outra vida.

Enfim, tínhamos também que conhecer a tal babá que uma amiga brasileira fofa, que tem um filho da idade da Alix, tinha indicado. Depois de alguns telefonemas, pronto. Marcamos a primeira saída para jantar sem a pequena.

A babá era uma mexicana super simpática, que se chamava Flor. Ela quase não falava inglês e só conheceu a Alix por foto, porque sempre que ela chegava a nossa fofurix estava dormindo e assim permanecia até o dia seguinte. 

Lá, como quase todo mundo já sabe, elas cobram por hora (15$ a hora) mais o táxi. De cara eu amei a menina e como ela tinha sido super recomendada, fiquei tranquila. A Flor ficava na salinha do nosso quarto olhando a Alix pela babá eletrônica, enquanto ela dormia no bercinho dentro do quarto. Deixamos a tv ligada pra ela e qual não foi minha agradável surpresa quando na volta, encontro a babá lendo Diálogos de platão com a tv desligada. Aí que ela me ganhou mesmo.

Saímos algumas vezes pra jantar e era nosso momento de curtir a viagem a dois. Beber um vinho, encontrar os amigos que moram lá sem preocupações. Sem babá, nunca mais! :O) 

No próximo post vou falar sobre as papinhas orgânicas e o que conseguimos fazer na cidade.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

New York!!!

 Depois que fomos para o Chile e deu tudo certo, sabíamos que o próximo passo seria uma viagem mais longa. Aí meu marido veio com a deliciosa idéia de irmos para Nova York (no inverno) e depois Caribe, que praticamente não tem inverno. Mala complicada, viagem super longa, mas estávamos com disposição. Afinal ela se mostrou uma super companheirinha de viagem.

O visto da Alix para Nova York foi a maior moleza, porque como eu e o meu marido estávamos com o visto válido, só tivemos que preencher o formulário dela, pagar e aparecer numa terça feira a tarde no consulado (criança menor de 14 anos não precisa agendar, nem comparecer), deixar nosso passaporte e o dela e voilá, o visto com validade por 10 anos chegou em casa 4 ou 5 dias depois.

Depois da parte burocrática, fiquei pensando como conseguiria levar a mesma quantidade de bagagem que levei pro Chile, apenas uma mala pra cada uma. Seriam quase 20 dias de viagem, com roupas de calor e frio. Não me perguntem como, mas consegui. Foi tudo na medida. Pra mim e pra ela.

Dessa vez não tive a neurose das papinhas porque vi que nos EUA eles vendem papinha orgânica em qualquer supermercado e tinha um bem em frente ao nosso hotel.

Como decidimos viajar em cima da hora, só conseguimos comprar passagem da American Airlines, que como diz a minha amiga Pri Saboia, é uma combe de asas. Tentamos reservar o berço, mas diziam que só tinha um e que era impossível reservar. Achávamos que era um por vôo, mas parece que é um na companhia inteira!!! Não entendo porque cobram 10% do preço da passagem de bebê, se ela não usou assento nenhum.

Resultado: 10 horas de viagem com a Alix no colo dormindo mal e eu sem pregar o olho. Como ela estava muito mais deitada pro meu lado do que o do meu marido, ele ainda conseguiu dormir. As aeromoças e passageiros elogiaram a "bebê educada, que dormiu quase o tempo todo. Nem ouviram as duas vezes que ela, meio sem posição pra dormir, deu uma choradinha.

A essa altura eu tinha acabado de desmamar a Alix, mas ela ainda não tomava leite tipo nan puro (eu dou a  marca enfamil), tinha que ser com banana. Olha o meu desespero: o leite só dura 2 horas pronto em temperatura ambiente e não ia ter como bater uma vitamina de banana no avião. Tive que já levar as mamadeiras da noite e da manhã prontas (com a banana batida) e encher a bolsa térmica de gelo. Deu certo.

Uma coisa que pensamos bastante antes de ir também era aonde ficaríamos hospedados. Fiz uma pesquisa na internet O blog NY with kids me ajudou muuuito e decidimos que seria melhor um hotel com cozinha e sala, de preferência no Upper est, local povoado de babies e restaurantes baby friendly, ou seja, que pode entrar não só com bebê, mas com carrinho. Um pouco mais caro, mas muito melhor. 

Também tinha a questão da babá e eu tratei de falar com umas amigas com filho que moravam lá e uma delas me deu a indicação da babá do filho dela, uma mexicana. Eu estava até pensando em uma brasileira, mas como a Alix ainda não falava e só estávamos querendo usar o serviço a noite, quando ela estivesse dormindo, a lingua não faria diferença. Depois eu soube que as brasileiras andam meio marrentas, mas pode ser apenas boato.

No próximo texto conto como foi a viagem em si, uma nova york bem diferente do que a que estávamos acostumados...

Ps: mais uma vez apelei para o guarda roupa das amigas para conseguir emprestado roupas de bebês mega quentinhas e um saquinho de dormir para carrinho que é fundamental. Sorte a minha ter essas amigas fofas. Obrigada Ana Luisa, Maria Antonia e as duas Marinas. ;O)






domingo, 26 de junho de 2011

CHILE FINAL - A Estupidez...


vista hotel

Decidi que hoje, finalmente vou finalizar a viagem do Chile. Então vamos lá: o casal que estava com a gente só ficou 1 dia em Santiago e voltou para o Brasil, enquanto nós ficamos 4 dias sozinhos.

Achamos que merecíamos ficar num super hotel, com uma vista sensacional para os Andes. Afinal, já que não se pode realmente descansar numa viagem com bebê, pelo menos iríamos acordar com uma vista incrível, além de curtir a piscina e nos revezarmos para fazer massagens. Uma maravilha...

A Alix curtiu a piscina, os passeios e como estávamos aproveitando muito, nos deixamos levar pela descontração e acabamos fazendo uma estupidez. Eu diria que foi uma imbecilidade gigante, mas quem nunca fez uma na vida, que jogue a primeira pedra.

Nossa fofura estava feliz, dormindo bem a noite toda no bercinho do hotel. Então tivemos a brilhante idéia de deixá-la sozinha dormindo no 17 andar e fomos jantar 2 dias no restaurante do próprio hotel, com o agravante da babá eletrônica não funcionar em tamanha distância.

Nem passou pela nossa cabeça que pudesse acontecer alguma coisa. E isso é que foi o mais bizarro. Só quando voltamos para  Rio, ao contar para os amigos, percebemos o tamanho da besteira que fizemos.

Graças a Deus não aconteceu nada, mas tomamos um mini sustinho. Na segunda e última vez que fomos no japonês do hotel, ao voltarmos por volta de 22:30 da noite, encontramos a porta do nosso quarto escancarada, com todas as luzes acesas e 3 camareiras dentro do nosso quarto conversando super alto.

Pânico total! A primeira coisa que eu fiz foi correr pro berço da Alix enquanto meu marido literalmente expulsava todas as camareiras do quarto. Qual não foi minha surpresa quando encontrei ela dentro do bercinho no décimo segundo sono. Ufa! Acho até que as moças nem perceberam que tinha um bebê lá dentro.

De volta ao Brasil, quando contávamos a história, todo mundo lembrou do caso Madeleine, aquela menininha inglesa que desapareceu num apartamento alugado para férias em Portugal. Minha garganta dava até um nó. Cheguei a chorar quando pensei na irresponsabilidade nossa.

Mas uma coisa eu garanto, depois dessa, prometi que nunca mais isso se repetiria. Em Nova York tratamos de conseguir uma babá. Mas isso é assunto pro próximo post.

Ps: A volta pro Rio no avião foi meio chata. O avião pro Rio, diferente do de São Paulo era meio lata velha, não tinha berço e a Alix deu umas choradinhas pra dormir. U ó!