terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rumo a Bahia





Vou ter que adiar um pouquinho o último post sobre a viagem dos gêmeos porque essa semana não vou conseguir escrever. Nesse exato momento, eu estou, pasmem, sozinha no aeroporto Santos Dumont esperando meu embarque para a Bahia. Alix vai só na quinta feira com o papai. 


Decidi vir na frente porque achei que já era hora de passar minhas primeiras 24 horas (na verdade serão 48h) longe da minha pequena, que já está uma mocinha de 1 ano e 5 meses. 


Estou com o coração apertado, mas não chorei. Na verdade, estou curtindo o momento. Vou dormir, me preocupar com o meu bem estar um pouco, pra variar. Sei que a Alix está em boas mãos, com o pai, as avós e a super tudo lá de casa, a Joselma.


Na volta eu termino o post do Chile e conto como foi essa minha mini experiência de ficar sem ela. O próximo passo será viajar com o maridão e deixá-la por uma semana , quem sabe. Sinto que ela já está preparada pra isso. 


Agora eu vou aproveitar a hospitalidade dos meus amigos que vão me recebr na Bahia, ficar de pernas pro ar e tomar uma água de côco. Uma barra de chocolate já está na minha bolsa, um dia off. Sei que quinta feira estarei com minha pequena e semana que vem estou de volta ao blog e ao Rio.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VIAGEM DA FAMILIA "GEMIAL" - parte I

 
Depois de feita a introdução da família (ver post anterior) vamos ao que interessa: a viagem ao Chile para Portillos.

Com pouca bagagem lá foram eles. Uma coisa interessante é que quando se viaja com duas crianças, o casal não pode ficar junto, pelo menos nesse avião que eles foram, porque a máscara de criança fica na janela e não tem outra pra quem senta no corredor.

Mas eles tiveram a felicidade de pegar um vôo vazio na ida e cada um ficou com um em uma fileira vazia.

O vôo era noturno e a Bárbara dormiu. Já o Martim ficou metade do vôo abrindo e fechando a janela e a outra metade plugando e desplugando o fone de ouvido. Melhor para os pais, que tiveram um descanso.

O super casal achou uma maravilha não ter que pegar fila pra nada. As portas se abriam pros dois, que rapidamente depois do vôo pegaram as malas e as 10 da noite, com as crianças acordadas, entraram na van para pegar 2 horas de estrada.

Todo mundo chapou na van, menos o papai, que ficou de olho na pequena que se acomodou no chão, com uma caminha improvisada com cobertores e paninhos. A estrada estava livre para eles, porque estava fechada e a van conseguiu uma autorização para viajar a noite. Marina só foi entender na volta porque não era recomendável a estrada no escuro.


Quando chegaram no hotel, por volta de meia noite, ela estava muito, mas muito cansada mesmo, além de uma dor de cabeça forte por conta da altitude. Pediu a chave na frente, foi acomodando as crianças e dormiu, enquanto o Dinho fazia o check in.

No dia seguinte eles acordaram e foram preparar o quarto para os gêmeos, especialmente o Martim, que não pára quieto. Colocaram silver tape nas tomadas (o Martim consegue arrancar aquele protetor de tomada, que sinceramente, até eu tenho dificuldades para tirar), fecharam o frigobar, recolheram os objetos que poderiam oferecer perigo as ferinhas, além de dispensarem  os berços e improvisarem uma cama de colchão.

O hotel ficava bem na estação de esqui e tinha a tal da guardería (creche em espanhol) que eles foram conhecer. Chegaram lá e acharam uma maravilha: tinha brinquedo de tudo que é tipo, crianças de várias idades e nacionalidades, filminho, um banheiro excelente e algumas babás de plantão.

No primeiro dia, só o Dinho esquiou, a super mãe preferiu ficar fazendo adaptação na creche. Aliás, ela me contou que ficou chocada com a diferença que as gringas tratam os filhos.

Parece que tinha uma uruguaia que tinha 4 filhos em idades diferentes e a menor tinha uns 9 meses, nem engatinhava, e a mulher deixava todos os filhos lá sem o menor peso na consciência e ainda ficava perguntando para a Marina se ela não ia esquiar.

Os irmãos demoraram um dia para se adaptar e no dia seguinte o casal foi esquiar sozinho, sem as crias, que estavam lá na guardería felizes.

O resto da história eu conto no próximo post, porque a viagem é cheia de detalhes legais.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pais de gêmeos viajantes



Fiquei uma semana sem postar e espero que isso não se repita, mas além de ter tido uma semana confusa, foi difícil conseguir parar pra falar com calma com a Marina, minha amiga mãe viajante.

Conforme prometido, vou escrever sobre a viagem dela e do marido com os gêmeos, Martim e Bárbara, de apenas 1 ano e 7 meses - sem babá - para esquiar em Portillo, no Chile. Mas antes, acho que vale a pena eu fazer uma introdução do casal.

Dinho e Marina “sofrem” de um bem que é a tranqüilidade e a praticidade. Nem parecem pais de primeira viagem. Do meu ponto de vista, são um casal sem neurose. Nada pra eles é um problemão. Se os gêmeos ficam doente eles cuidam, se caem, eles ensinam a levantar, se eles tiverem que levar os dois pra uma reunião de amigos, eles levam, se a roupinha não ta lá muito limpa, vai suja mesmo... Eles encaram os filhos como uma coisa natural. E é o que é.

Só para vocês entenderem melhor o que estou dizendo: Na véspera da viagem, Marina tinha feito uma mala grande para ela e o marido e outra para as crianças. Quando o Dinho chegou em casa e viu, já foi logo pegando duas malas menores, avisando que era um casaco bom pra rua e um mais ou menos pro hotel. Resultado: os dois saíram de casa apenas com duas mochilinhas nas costas e cada um com uma mala de rodinha e uma cria no colo. Marina ainda conseguiu enfiar na mochila um terceiro casaquinho.

Ela é daquelas super mães, que tenta dar a mesma atenção pros dois, que quer estar presente sempre, mas quer voltar a velejar também, que ama brincar com os filhos, que se cansa, mas o amor pelos gemeos bate qualquer cansaço. Que voltou a trabalhar emio período quando eles estavam com mais ou menos um ano e deixa eles com a empregada e o coração na mão, mas vai. Mãe presente, pai presente, família querida. E detalhe: são todos lindos, verdadeiros atletas.

Confesso que fico orgulhosa em saber que fui uma das incentivadoras pra que a viagem deles pro Chile saísse. Sempre que eu e meu marido esbarrávamos com o casal na rua ou um deles, a gente falava da viagem. Queríamos ter ido junto. Mas infelizmente não deu. Mas eles foram e agoram contam pra gente.

Marina estava meio ansiosa de como ia ser a viagem. Lembro de conversar com ela dias antes e no dia que eles foram. O Dinho tinha decidido que não ia dormir em Santiago na ida. Uma van ia busca-los no aeroporto e eles iriam direto pra já acordar em Portillo, mesmo chegando quase 10 da noite em Santiago.

Outra coisa que ela me contou e eu achei loucura foi que eles decidiram que não iriam levar carrinho.

Enfim, parece que quase todas as decisões acabaram funcionando pra eles. No próximo post, ainda essa semana, publico a entrevista.