segunda-feira, 20 de junho de 2011

CHILE III - A caminho de Pichilemu


Meu marido ama surfar, apesar de não ser surfista profissional, antes que perguntem. Por conta disso, as vezes vamos parar em lugares nada turísticos, como a cidade de Pichilemu, que fica a 3 horas de carro de Santiago.


Tínhamos alugado um carro com uma cadeirinha para bebês, que por sinal estava bem sujinha, mas como eu ando sempre com alguns panos-fralda enormes, usei para forrar o assento e a Alix não estranhou nada. Ainda bem.


Mas antes de colocar o pé na estrada, anotei no GPS o endereço da tal loja de papinhas  orgânicas que tinha visto na internet. Mas o sujeito da locadora de carros já tinha avisado que o GPS no Chile não era lá uma maravilha. Rodamos, rodamos e fomos parar numa feirinha nada a ver e não consegui achar a tal da loja de orgânicos. Comprei até uma colher de pau, já pensando em eu mesma fazer a comidinha dela.


Viajar de carro com bebês, tem sempre a vantagem do sono. Difícil não dormirem com o balancinho. Mas acho que na hora que acordam, vale uma parada de pelo menos meia hora, para se esticar, distrai e descansar.


Foi assim que fizemos. Quando Alix acordou, depois de quase duas horas de estrada, procuramos um lugar para parar. Na verdade, paramos 2 vezes no caminho, uma para descansar e a outra para dar o jantar. Só assim ela não se chateou em voltar para o carro.


A impressão que tive de Pichilemu foi a de uma cidade praiana, bem pequena e sem o m-e-n-o-r glamour. Demos sorte de encontrar um hotel bacana, dentro de um bosque num lugar mais afastado da cidade.


Nosso chalé era ótimo. Tinha quarto, sala e cozinha. Mas quando vi as panelas fiquei com um pouco de nojinho de cozinhar para Alix ali. Fora que quem me conhece sabe que cozinhar não é meu forte, além de estar de férias, nem um pouco a fim de ter mais uma preocupação. Resumo da ópera: quando as papinhas caseiras do Brasil acabaram, tentei até fazer um acordo  com a cozinheira do hotel (mas fracassei!) e tive que me render as papinhas da nestlé com muita dor no coração.


Desde seu nascimento (hj ela está com 1 ano e 2 meses) foi a única vez na vida que a Alix comeu as tais papinhas.


Nesse caso resolvi ceder porque foi muito prático e confortável para a gente, que já tinha que ficar na função de lavar mamadeiras de suquinho, procurar sempre uma frutinha fresquinha pro lanche, amamentar, trocar fraldinhas, enfim, tudo o que um bebê demanda.


Como no nosso chalé não tinha berço e escurecia as 22h, fazer a Alix dormir virou um parto. Tentávamos escurecer o quarto, que tinha uma claribóia no teto, que vazava luz. E eu acho que ela pensava : Se está de dia, porque vocês querem que eu durma? e acabou que não teve um dia em Pichilemu que ela não tenha dado uma choradinha pra dormir. 


Não ter berço também atrapalhou bastante. Improvisamos uma caminha com um colchão cercado de almofadas. Definitivamente ela dorme melhor em berço. Quando fomos para Santiago ela voltou a não reclamar para dormir, porque no hotel tinha berço.


E eu lá na neurose do fusohorário, achando que ela depois que voltasse ao Brasil não ia mais dormir bem. Justo ela que sempre dormiu tão bem. Até que eu resolvi escutar meu marido e comecei a deixar ela dormir um pouco mais tarde que o habitual, acostumando-a a um novo fuso.


Foi a melhor coisa que eu fiz. Ela logo se adaptou ao novo horário e quando estávamos perto de voltar eu fui colocando ela para dormir mais cedo e quando voltamos pra casa, não tivemos problema nenhum.


O engraçado é que o casal de amigos noivos que estavam lá com a gente, não viam a hora em que estávamos esterelizando mamadeira, limpando uma roupinha com cocô, trocando fraldinhas, preparando banho, enfim, fazendo o básico para a sobrevivência de um bebê. Quando eles chegaram no Brasil, disseram que era mole viajar com bebê, que a Alix não dava  trabalho nenhum. Ela é um bebê anjo, mas nem por isso deixa de dar muito trabalho.


Ficamos cinco dias, curtindo bastante a praia e o lugar, que era bem bonito. Tomávamos café da manhã no hotel e colocávamos ela no chão cheia de brinquedinhos para se distrair. Na hora do almoço, tentávamos comer quando ela estava dormindo, mas nem sempre dá certo e quando não dáva, também ficávamos entretendo ela para conseguirmos comer... 


Depois disso fomos para Santiago e eu tenho uma história que é um horror, mas que só caiu a ficha para mim depois. Pais de primeira viagem podem fazer besteira. Mas isso é história para um próximo post. Só posso adiantar que aprendi a lição.


ps: essa foto é original da viagem...

2 comentários:

  1. Beta! Arrasou! Adorei o blog...altas dicas! Por mais que eu ainda não seja mamãe, estou curtindo muito as viagens...com certeza a melhor coisa é o bêbê junto dos pais sempre. Parabéns, ela tá cada vez mais linda.
    Saudades!

    Bjs,

    Malu

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  2. Beta,
    Adorei o blog e o texto, viajei junto. Quando o meu Rafa tinha dois anos fui com ele para Pichilemu. Foi muito bom, cidade pacata com sol e frio. Tenho a maior saudade dele quando era bebê. Aproveite bastante a Alix, eles crescem rápido.
    beijão,
    Lobo

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