terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma semana sem filha...


Quando decidi que ia mesmo viajar, montei um super esquema para que minha pequena pudesse passar bem sem a mamãe, cercada de amor e atenção. Como meu marido não foi viajar comigo, isso facilitou muito. 


Acho importante não tirar a criança do ambiente dela. Ela dormiu em casa todos os dias e manteve a rotina.


Mandei um email para as vovós, para a dinda e imprimi para a super Joselma, que trabalha aqui em casa. Dei recomendações de comida, horários, banho, atividades e é claro, uma lista com todos os telefones úteis. Cada um tinha um dia para pegar ou buscar na escolinha, na natação e no fim de semana. E a Joselma dobrou em alguns dias. 


Pedi para que quem pudesse, por favor, me mandasse notícias da Alix por email.


No dia da viagem, fui deixá-la na escolinha (que ela está super adaptada e nunca chora). Antes de entrar eu expliquei que iria viajar. Quando dei tchau ela grudou na minha perna e falou: não, mamãe! Gelei e meu olho encheu d'água. As professoras ficaram impressionadas porque ela nunca se comporta desse jeito. Ela realmente entendeu que eu ia viajar.


Cinco minutos depois de sair, recebo um telefonema da coordenadora dizendo que ela estava feliz, brincando e que eu não me preocupasse. Ufa! Vale a pena a gente colocar nosso filho num lugar aonde se preocupam com a gente. Aquele telefonema foi muito importante para mim.


Fui com o coração apertado, mas sabendo que ela estava bem e cercada de pessoas que a amam muito. 


Assim que cheguei, dei uma olhada na internet e lá estava um email do meu marido e da minha mãe, contando que a Alix estava ótima, comendo bem e feliz. Era tudo o que eu queria  ouvir para poder realmente relaxar e curtir a minha viagem com minhas amigas queridas. 


Foi tudo ótimo! Ás vezes que liguei, não quis falar com ela porque sabia que isso não iria fazer bem pra mim e talvez nem pra Alix. Skype nem pensar, não queria vê-la. Quando escutava sua voz ao fundo, minha perna já tremia de saudades.


Sempre que eu falava com alguém, ouvia a mesma resposta positiva sobre ela. É claro que ela perguntou por mim algumas vezes e todo mundo tinha combinado de dar a mesma resposta que damos quando as vovós e o papai viajam: "Mamãe pegou um avião, vruuum, foi pra bem longe e mandou um beijo pra Alix". Com os dias passando, ela mesma perguntava e respondia, uma graça.


Resolvi realmente lembrar que apesar de agora ser mãe da Alix, também sou a Roberta. Pode parecer estranho, mas as vezes é bom ter um tempinho para se lembrar disso. Não é que eu tenha perdido a minha identidade, mas é que ganhei outra, a da mãe da Alix, o que é ótimo. Mas continuo sendo a Roberta, amiga das minhas amigas, que adora escrever, ler, viajar, enfim, não sou só mãe. Ser mãe faz parte de mim e é uma parte deliciosa da minha vida, mas beber uma tacinha de vinho despreocupada também é delicioso.


Enfim, acho que valeu a pena ter ido. Uma semana, por enquanto, é o limite para mim. No último dia eu já estava ansiosa, looooouca de saudades. Cheguei em casa á noite e ela já estava dormindo. No dia seguinte de manhã, fui tirar ela do berço e ela foi super carinhosa comigo, pediu beijo e tudo. Meu coração se transbordou de amor. 


Como é bom ter uma família querida com quem eu posso contar. Obrigada vovós, maridão, dinda e Joselma.





7 comentários:

  1. Amiga foi tão bom! Parecia que a gente tinha 20 e poucos anos...

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  2. SEMPRE QUE PRECISAR ESTAREI A DISPOSICAO. E MUITO BOM FICAR COM ALIX E SABER QUE A MINHA FILHINHA ESTA BEM E SE DIVERTINDO. TE AMO

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  3. Que linda Beta! Que gostoso ler seu blog e suas experiências. To levando como grande exemplo para quando eu for a Mãe de um Serzinho lindo que virá. Gratidão minha linda, saudades!

    Bjs,

    Malu

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  4. Que felicidade me dá saber que esse momento tao importante pra vc foi só alegria! Te amo, amiga. Você é super ;)

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  5. Gostei muito do relato! Bem legal!
    beijo do Irmão Eduardo

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  6. É isso aí Roberta... Mãe é mãe,não importa a idade. Tudo se repete. Mto legal seu comentário.Bjs da tia Regina.

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